Por Estevão Taiar — Para o Jornal Valor
A queda na estimativa para anadrol australia a arrecadação federal levou a Instituição Fiscal Independente (IFI) a revisar para baixo sua projeção de o superávit primário do governo central deste ano, a principal medida de fluxo das contas públicas. Segundo o Relatório de Acompanhamento Fiscal da IFI de outubro, o superávit primário do governo central deve acabar em R$ 50,9 bilhões em 2022. A projeção anterior era de superávit de R$ 71,2 bilhões.
Já a receita líquida do governo central (que inclui Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência), no cenário apresentado ontem, alcançaria R$ 1,863 trilhão no fim do ano. Isso representa R$ 30 bilhões a menos do que era calculado anteriormente.
“As receitas primárias seguem com forte crescimento, mas os dados na margem [na comparação com setembro do ano passado] indicam leve queda do subgrupo das receitas administradas [pela Receita Federal], o que pode representar uma reversão na tendência recente”, disse a IFI ao Valor Fiscal, órgão de monitoramento da política fiscal ligado ao Senado.
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Mesmo com a estimativa menor para o resultado primário anual, a IFI revisou também para baixo a projeção para a dívida bruta do governo geral (DBGG) no fim deste ano. Considerada por diversos economistas a principal medida de estoque do endividamento público, a DBGG deve acabar 2022 em 77,3% do Produto Interno Bruto, contra 78,1% projetados anteriormente.
Para 2023, por sua vez, a IFI apresentou dois cenários para o indicador. No cenário-base, a DBGG encerraria o ano que vem em 79,2% do PIB. No alternativo, terminaria em 80,7%. O cenário-base leva em conta, por exemplo, um déficit primário do governo central menor para 2023, de R$ 4,5 bilhões. Já o cenário alternativo calcula, entre outras diferenças, déficit primário de R$ 103 bilhões. Esse déficit maior seria consequência da prorrogação para 2023 da “desoneração de impostos federais sobre combustíveis” e da manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600.
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