Maiores economias da Europa se comprometem a adotar imposto mínimo global apesar de veto da Hungria

Por Valor — São Paulo

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Um grupo que reúne as maiores economias da União Europeia (UE) está considerando implementar um projeto de imposto mínimo global sobre grande multinacionais, apesar do veto da Hungria, que impede a aprovação da proposta dentro do bloco.

Os ministros das Finanças de cinco das maiores economias da UE disseram em uma reunião em Praga nesta sexta-feira que vão manter seus compromissos com o plano de taxação global e buscar alternativas ao veto de Budapeste.

Apesar de o acordo ter sido aprovado no ano passado por mais de 130 países, a implementação da proposta vem encontrando obstáculos técnicos relacionados a tributação de empresas digitais – assunto que divide a UE, com a Irlanda sendo uma forte opositora da proposta.

Antes do veto de última hora da Hungria em junho, a UE estava perto de concordar com uma implementação do plano que criaria um imposto corporativo mínimo de 15%.

O governo da Alemanha já começou a preparar uma legislação nacional que pode ser usada caso a proposta não seja aprovada pelo bloco, disse o ministro das Finanças do país, Christian Lindner.

“Apoiamos fortemente a abordagem europeia, tentamos convencer todos os países-membros, especialmente um, mas tomamos a decisão de implementar o imposto mínimo global na Alemanha se não houver entendimento no bloco sobre isso”, disse Lindner. “Acho que outros estarão abertos a uma abordagem semelhante.”

Já o ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, disse que seu governo também está pronto para usar atribuições nacionais. “Agora é hora de implementar essa decisão, não devemos conversar, devemos decidir”, afirmou.