Rendimento mensal do 1% mais rico é 35 vezes superior à renda dos 50% mais pobres, diz IBGE

Valor médio do grupo dos mais abastado foi de R$ 15.816 por mês, enquanto dos menos endinheirados, foi de R$ 453

Em 2020, o rendimento médio mensal das pessoas do grupo de 1% com melhor rendimento foi de R$ 15.816 por mês, em média, o que correspondeu a 34,9 vezes o rendimento dos 50% com os menores rendimentos (rendimento médio de R$ 453). O retrato da desigualdade de renda no Brasil está na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua 2020 – Rendimento de Todas as Fontes, divulgada nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A despeito da enorme diferença, essa distância foi na verdade reduzida em 2020, já que a razão havia chegado ao recorde da série histórica em 2019, de 40 vezes. Esta razão entre o rendimento médio dos mais pobres e os mais ricos mostrou trajetória de redução de 2012 (38,3 vezes) até 2014 (33,5 vezes), a partir de quando voltou a crescer até alcançar o pico da série em 2019.

Isso ocorreu porque houve redução de quase 10% (9,4%) da renda mensal real domiciliar per capita do 1% mais rico, que caiu de 17.448 em 2019 para R$ 15.816 em 2020, com a crise econômica causada pela pandemia.

Por outro lado, houve aumento de 3,9% entre os 50% mais pobres, cuja renda média passou de R$ 436 para R$ 453, com pagamento de auxílio emergencial em meio à crise.

A pesquisa também apontou que a renda per capita nos domicílios das famílias mais pobres, que tinham alguma ajuda de programa social em meio à pandemia, subiu 12,2% entre 2019 e 2020, de R$ 688 para R$ 722. O instituto comentou que essa alta ocorreu em um contexto onde, em 2020, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita total do país cai u 4,3% ante 2019, chegando a R$ 1.349

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